Projeto

Avaliação de fotobiorreatores caseiros de microalgas para sequestro de carbono e tratamento de chorume

Resumo: Dia após dia, os seres humanos produzem mais lixo. Esse lixo se transforma em chorume. Os efluentes podem ser domésticos e industriais e geralmente são de forma líquida ou gasosa. Os métodos de extração desse líquido no Brasil são precários e de baixa eficiência. Isso acaba causando um ambiente com nutrição excessiva no qual o chorume é depositado em afluentes, o que causa o processo de eutrofização. Pelo fato de que o método de extração apenas elimina organismos vivos e os reagentes como fosfato, amônia e nitrito vão direto para o rio, foi pensado na habilidade das microalgas em remover materiais inorgânicos. As microalgas são organismos unicelulares fotossintetizantes, que são muito importantes para o planeta, pois são a base da cadeia alimentar aquática, elas produzem aproximadamente 80% do gás oxigênio da atmosfera e são ótimos bioindicadores, pois são sensíveis a mudanças no ambiente no qual vivem. Baseando-se em estudos e pesquisas efetuadas, o projeto busca tratar o esgoto domiciliar com microalgas para limpar mais eficientemente e reduzir a poluição em afluentes e então produzir biomassa em grande escala com o propósito de, por exemplo, produzir fertilizante. Para realizar o projeto, um fotobiorreator foi criado para manter as culturas de microalgas estáveis. Após isto, testes foram feitos para observar o crescimento de microalgas com concentrações de 0,5 grama, 1 grama, 1,5 grama e 2 gramas por litro de NPK e foram cultivadas em erlenmeyers esterilizados e não esterilizados com concentrações de 5%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 35%, 40%, 45%, 50% e 55% de chorume, que tiveram amostras analisadas no microscópio e biomassa filtrada para análises de remoção de nutrientes. O maior crescimento em NPK ocorreu em concentração de 2 gramas por litro, a qual teve um ótimo resultado. Já nos cultivos com chorume, as microalgas obtiveram melhor crescimento nas porcentagens de 20% e 25% (nos cultivos com diluições). Para processos industriais, a porcentagem de 20% seria mais viável, já que se pouparia água. Na remoção de nutrientes, a linhagem que se destacou também foi a de 20% de chorume. Isso mostra que as microalgas têm um grande potencial para tratar efluentes e que em um refinamento do tratamento do chorume, a porcentagem de 20% seria a mais adequada.

Estudante (s) pesquisador (es)

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